quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Humildade

O processo da humildade exercitada consiste também – e não apenas - em facilitar o desapego das crenças de negação.
“Não gosto de chuva”, “não aceito determinada atitude”, “não admito este comportamento”.

São tantas negativas enraizadas em dogmas da ignorância do não-saber, que nos perdemos, embriagados na soberba de um conhecimento limitador e do julgamento primitivo.

Não conhecer e, mesmo assim, analisar com o julgo, é como pejorativamente negar a física realista, que prova recebermos somente aquilo que, de alguma forma, projetamos.

Quando escuta alguém, tem seu coração puro de amor ou julga o irmão por sentir-se superior?

Quando intui bênçãos do Universo Celestial, tem a simplicidade de saber, em seu coração, que todos somos parte de um grande e dadivoso Cosmos evolutivo ou se envaidece nas posses, chamando de “suas” as entidades que misericordiosas lhe presenteiam com o néctar do saber, porque o consideram irmão em busca de aprendizado, como todos nós?

Ao receber uma graça, se vangloria de sua capacidade carnal e intelectual ou agradece ao Pai Criador por todas as oportunidades que proporcionaram crescimento moral nesta experiência de sucesso?

Reclamas da vida?

Julga seu camarada errante tal e qual és tu, em diversas ocasiões?

Consegue transpor seu ego instintivo em prol de aliviar a amargura daquele mais próximo dentro do próprio lar?

Sabes perdoar a ponto de estender as duas mãos - não uma apenas - àquele que outrora julgas ter ferido você?

Olha fundo o silêncio dentro de ti e responda olho no olho, para o reflexo de seus olhos no espelho:

“Perdôo com amor fraterno e incondicional meus erros”?

“Afundo minhas mágoas na culpa que não passa de pura vaidade”?

Segue seus valores da alma e troca a culpa pela responsabilidade consciente de que é chegada a hora de uma transformação sua mais verdadeira, como criatura celestial que todos somos.

Tenhamos consciência de que, como parte de um todo, enquanto restar sofredor, não sorriremos completos e absolutos.

Ainda assim, com tantos tumultos e vultos, existe em você a fé inabalável que pregas?

Caridade contigo em seus desvios, compreensão com todas as falhas do externo.

Não sabendo a verdade absoluta, tem a humildade de não julgar, nem a ti, porque tens de ser responsável, nem ao outro, que subconscientemente percebe em você a luz divina ativada e tudo o que precisa é do mais puro e honesto amor.

Amigos Fraternos do Hospital Dr. Bezerra de Menezes

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